Acreditar que cada ser é uma estrela viva no teatro da existência e, ainda que esteja opaca, tem um grande potencial para bilhar.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Interdisciplinaridade e planejamento
domingo, 25 de setembro de 2011
Resenha de um texto de Moarcir Gadotti falando sobre Paulo Freire
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Paulo Freire, durante toda sua vida, tentou compreender o homem, procurou estudá-lo, tentou compreender os homens como sujeitos inacabados, pois não acreditava na verdade absoluta, pelo contrário, acreditava no homem enquanto ser em constante formação, em transformação, que poderia ser mudado em cada etapa da vida.
Freire contribuiu na reflexão do homem e seu compromisso com a sociedade, diante de sua proposta transformadora, ele talvez tenha sido o único educador a propor e a pesquisar sobre um modelo educacional, genuinamente brasileiro.
A dimensão política da educação foi bastante enfatizada por Paulo Freire, sobretudo quando os relatos se referem à necessidade de repensar as práticas de formação do cidadão crítico e reflexivo, à superação da educação de jovens e adultos como simples treinamento ou a qualificação profissional para o mundo do trabalho e a necessidade de ampliação dos processos de formação.
Essas transformações refletem as diferentes concepções de homem e de sociedade de cada época e influenciam diretamente sobre o papel da escola e da sociedade na educação, essas são teorias que segundo Freire buscam compreender e orientar a prática educacional brasileira.
Sabemos que várias experiências estão sendo vivenciadas no Brasil na perspectiva da construção de uma educação mais humanizante que considera o ser humano como ser ontológico, biológico, psicológico, sociológico e sobretudo cultural.
Segundo este viés, a educação formulada pelo educador brasileiro Paulo Freire, a que ensina fazer leitura de mundo e transformar a realidade na consideração de sujeitos históricos precisa ser vivida no interior das escolas.
Para Freire é possível, acreditarmos, a partir de uma nova concepção de educação que problematize a realidade dialeticamente levando em conta os saberes do senso comum, mas ao mesmo sem negar os saberes elaborados e de forma científica. Este é um grande desafio proposto por Freire: “um dos temas fundamentais da etnociência, hoje, o de como evitar a dicotomia entre saberes, o popular e o erudito ou de como compreender e experimentar a dialética entre “cultura primeira” e “cultura elaborada” (FREIRE, 2001, p. 86).
É nesta perspectiva pela transformação social que Paulo Freire denomina de educação progressista e que por sua vez o ato de “ensinar implica, pois, que os educandos em certo sentido, “penetrando” o discurso do professor, se apropriem da significação profunda do conteúdo sendo ensinado. O ato de ensinar, vivido pelo professor ou professora, vai desdobrando-se, da parte dos educandos, no ato de estes conhecerem o ensinado” (FREIRE, 2001, p. 81).
A abordagem mecanicista criticada por Paulo Freire – educação bancária – que ainda se faz presente na estrutura do sistema educacional brasileiro e na organização das escolas só tem reproduzido as diferenças entre as classes dominantes e dominada, ainda que dialeticamente esta relação não se dá de forma hegemônica totalizante, pois a classe oprimida na sua luta gerada pelas contradições avança, se organiza e se constitui enquanto poder e conquista de espaços.
Isto é: para Freire, o ato de ensinar é ensinar a aprender, mas “não pode reduzir-se a um mero ensinar os alunos a aprender através de uma operação em que o objeto do conhecimento fosse o ato mesmo de aprender. Ensinar a aprender só é válido, desse ponto de vista, repita-se, quando os educandos aprendem a aprender a razão de ser do objeto ou do conteúdo” (FREIRE, 2001, p. 81).
Neste sentido, para Freire, compreender as hipóteses, a lógica do ponto de vista dos educandos antecede o ensinar a aprender e, por conseqüência a construção de sentidos para o conhecimento apreendido. Esse aprendizado em que educandos e educador aprende só ocorre através de uma relação dialógica interdisciplinar e, sobretudo, problematizante.
É mister a contribuição de Paulo Freire um pedagogo brasileiro de destaque, não só de âmbito nacional como também internacional. Não se limitando a teorizar, mas empenhando-se para que estas questões tivessem repercussão positiva na sociedade humana em geral e na brasileira especificamente, o que faz dele um homem profundamente comprometido com a sociedade, principalmente com as camadas populares.
É por isso que Paulo Freire constitui como referência para a Educação Brasileira. Nesse sentido, as idéias freireanas servem como orientação para o processo de formação docente no que se refere à reflexão crítica da prática pedagógica que implica em saber dialogar e escutar, que supõe o respeito pelo saber do educando e reconhece a identidade cultural do outro.
Sidinei de Oliveira Cardoso
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
PORTAL DA EDUCAÇÃO
Portal de Links com conteúdos educacionais
Se propõe a ser uma biblioteca virtual de referência para professores, estudantes e interessados em geral. O ambiente permite o compartilhamento gratuito do conhecimento e promove o acesso às obras artísticas, literárias e científicas em vídeos, fotos e textos que já estejam em domínio público, de acordo com a Lei Federal nº 5.988.
A TV Escola é um canal de televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores da rede pública desde 1996. Sua programação exibe, nas 24 horas diárias, séries e documentários estrangeiros e produções próprias.
Os principais objetivos da TV Escola são o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do ensino.
Portal do Professor - MEC
Muitos materiais de estudos para professores, todos gratuitos no protal do MEC. Vídeos, apostilas, referenciais curriculares, etc.
Banco Internacional de Objetos Educacionais
O Banco Internacional de Objetos Educacionais é um portal para assessorar o professor. No banco, estão disponíveis recursos educacionais gratuitos em diversas mídias e idiomas (áudio, vídeo, animação/simulação, imagem, hipertexto, softwares educacionais) que atendem desde a educação básica até a superior, nas diversas áreas do conhecimento.
Bicho do Livro
Para leitores que tem dificuldade em encontrar livros e obras raras de acordo com o seu interesse, o Bicho do livro é a primeira plataforma de distribuição de livros digitais brasileira, que, de forma simples, permite você acessar seus livros diretamente pela internet através do seu computador. Diferentemente de leitores genéricos, como o kindle, o acesso a sua biblioteca pode ser feito de qualquer computador através de uma conta de usuário. É tudo muito prático e fácil, pois o que importa mesmo é o prazer pela leitura, na hora e lugar que você deseja.
Dicas de Inglês - English Made in Brazil
Site educacional com dicas para ajudar no aprendizado do Inglês. Discute tendências recentes na metodologia de ensino de línguas. Páginas de materiais inéditos baseados em linguística, comparada (falsos cognatos, expressões idiomáticas, dicas sobre interpretação de textos p/ vestibular, etc.) Orientação sobre programas de intercâmbio e Foro.
Futura o Canal do Conhecimento
Dicas de vestibular e muitas outras informações de interesse educativo.
Ótima pesquisa!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Relatório Reflexivo do 27º Encontro do Projeto Sala de Educador
Tema: Interdisciplinaridade e Planejamento
Clique aqui para acessar a pauta do encontro.
Realizada uma leitura compartilhada de histórias de vida escolar de dois professores, nos quais descrevem sua trajetória e formação acadêmica até tornarem-se professores.
Quanto a temática da Sala do Educador, a grande reflexão:
A prática interdisciplinar está acontecendo nos projetos de aprendizagem?
Coordenadora Sirlei organizando seu caderno |
Do texto 5, "Níveis e Tipos de Interdisciplinariedade" no qual destacamos os seguintes trechos:
"A natureza e a quantidade de informações rompem com as fronteiras das disciplinas, modificam os critérios epistemológicos que estão na base das disciplinas e propõem novos arranjos lógicos".
Premiados Relatores deste encontro: Rodrigo e Adriano |
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Proposta de Reflexão! Interdisciplinaridade
Clique em comentários e deixe sua opinião!
Equipe de formadores CEFAPRO
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Minha vida escolar
Bom, iniciei minha vida escolar em uma escola estadual no bairro Novo Diamantino, na pequena cidade de Diamantino, onde cresci e vivi a maior parte de minha vida até hoje. Meus pais, apesar de serem analfabetos, nunca deixaram faltar o interesse e incentivo pelos estudos em casa. A escola é uma escola simples e humilde que amo de coração, pois foi lá que estudei durante 10 anos, pois na época fazíamos o pré-1 e o pré-2, depois de terminar os prés tive uma cerimônia de formatura que as meninas ficavam todas vestidas iguais com aquelas saias cheias de preguinhas (eu amava usar aquelas saias) e de gravata borboleta e os meninos todos de social também, tenho as fotos guardadas até hoje de lembrança. Minha primeira professora jamais esquecerei, o nome dela é Benedita, uma pessoa muito querida por todos.
Da primeira até a quinta série passei direto todos os anos, mas na sexta fiquei de recuperação na matéria de história, queria morrer de raiva e tanto ódio daquela professora na época, pois para mim era o “fim da picada” ter que ficar de recuperação, meus pais diziam que não poderia jamais reprovar e eu sempre tive muito respeito (e medo) deles, então estudei muito e consegui passar. Durante muito tempo fiquei com um certo trauma daquela professora, e talvez por ironia do destino, depois de muito tempo a reencontrei na escola Picinati aqui em Sinop quando fui fazer meu primeiro estágio de observação, foi muito legal quando me apresentei, pois ela se lembrou de mim e se surpreendeu com a novidade de eu estar estudando para ser professora.
Quando passei da oitava série para o ensino médio, optei por fazer o curso profissionalizante de Técnico em Contabilidade, porém, havia alguns obstáculos a serem ultrapassados, pois a única escola que oferecia os cursos profissionalizantes ficava a mais de 10 km da minha casa e as aulas eram a noite, então dependeria de ônibus escolar e principalmente de convencer meu a deixar, pois para ela estava fora de cogitação eu ter que estudar tão longe. Mas, depois de convencer minha mãe e meus irmãos, consegui a ajuda deles para convencermos meu pai também. Meu irmão Ede, mais novo dos homens, se prontificou a me buscar todos os dias no ponto do ônibus quando chegasse da escola, porque chegaria muito tarde para ir pra casa sozinha com uma amiga que morava próximo. Como eramos praticamente uma turma inteira todos da mesma vizinhança, nos reunimos e fomos na prefeitura e conseguimos o ônibus, mas depender de ônibus escolar não é fácil, ainda mais aqueles que estavam sempre com algum defeito, enfim, havia semana que o ônibus nos levava na escola mas não ia buscar porque tinha acontecido alguma coisa. Aqueles dias foram muito difíceis, quando não conseguíamos carona tínhamos que voltar para casa a pé tarde da noite, em meio as serras escuras que separam o Novo Diamantino de Diamantino velho (como é conhecido), sem contar a preocupação das famílias, pois ninguém tinha telefone em casa para avisar e nem celular, que naquela época era algo que somente as pessoas que tinham mais condições de vida possuíam. Mas, no final tudo acabava bem, pois mesmo com tantas dificuldades nós nos divertimos e conseguimos o tão sonhado diploma de Técnico em Contabilidade no ano de 1997.
Após ter terminado o ensino médio eu queria muito entrar na faculdade, mas na cidade não tem faculdade pública até hoje, somente particular, e como meus pais não tinham condições de pagar uma faculdade particular eu tive que me contentar em ter terminado o ensino médio e fazer apenas cursos gratuitos que surgiam, então comecei a trabalhar também para ajudar em casa.
Quando foi no ano de 2004 eu fiquei desempregada e não conseguia emprego na cidade, foi aí então que percebi que deveria mudar de cidade e procurar novos horizontes para minha vida. Não conhecia a cidade de Sinop, mas falaram muito bem e principalmente pelo fato de ter universidade pública, o que no momento era meu objetivo, “voltar a estudar e ser uma enfermeira” (perceberam que aqui já tinha mudado o foco né?!rsrs).
Exatamente no dia 01 de maio de 2005 eu cheguei em Sinop e fui procurar emprego e me informar sobre a universidade, eu queria fazer curso de enfermagem, mas fui impossibilitada pelo fato das aulas serem em período integral e eu precisava trabalhar. Então optei por fazer letras para trabalhar como redatora, pois também sempre gostei da área de linguagens. Entrei para um cursinho pré-vestibular e consegui passar no primeiro vestibular que fiz. Iniciei o curso em 2007/01, quando já havia terminado o ensino médio praticamente há 10 anos. Até o 6 semestre do curso mantinha a ideia fixa de ser redatora, foi quando iniciaram os estágios e comecei a gostar da ideia de ser professora e aqui estou eu hoje, atuando como professora e apesar das dificuldades gostando muito do que faço. Sei que ainda tenho muito o que aprender, pois estou engatinhando na profissão e sei também que jamais seremos possuidores de todo o conhecimento, apenas buscamos cada vez aprender mais.
Devo tudo o que sou hoje aos meus familiares que sempre me apoiaram e sei também que sou motivo de orgulho para meus pais, pois entre 4 irmãos do total, sou a única que conseguiu concluir os estudos, uns por falta de oportunidade e outros por falta de interesse pararam no meio do caminho, mas sempre digo a eles que nunca é tarde para estudar, pois se eu pensasse dessa forma não teria voltado aos estudos 10 anos depois.
Maria Lucia