quarta-feira, 21 de setembro de 2011

PORTAL DA EDUCAÇÃO

Portal de Links com conteúdos educacionais


Domínio Público

Se propõe a ser uma biblioteca virtual de referência para professores, estudantes e interessados em geral. O ambiente permite o compartilhamento gratuito do conhecimento e promove o acesso às obras artísticas, literárias e científicas em vídeos, fotos e textos que já estejam em domínio público, de acordo com a Lei Federal nº 5.988.


TV Escola

A TV Escola é um canal de televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores da rede pública desde 1996. Sua programação exibe, nas 24 horas diárias, séries e documentários estrangeiros e produções próprias.

Os principais objetivos da TV Escola são o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do ensino.


Portal do Professor - MEC
Muitos materiais de estudos para professores, todos gratuitos no protal do MEC. Vídeos, apostilas, referenciais curriculares, etc.



Banco Internacional de Objetos Educacionais

O Banco Internacional de Objetos Educacionais é um portal para assessorar o professor. No banco, estão disponíveis recursos educacionais gratuitos em diversas mídias e idiomas (áudio, vídeo, animação/simulação, imagem, hipertexto, softwares educacionais) que atendem desde a educação básica até a superior, nas diversas áreas do conhecimento.



Bicho do Livro
Para leitores que tem dificuldade em encontrar livros e obras raras de acordo com o seu interesse, o Bicho do livro é a primeira plataforma de distribuição de livros digitais brasileira, que, de forma simples, permite você acessar seus livros diretamente pela internet através do seu computador. Diferentemente de leitores genéricos, como o kindle, o acesso a sua biblioteca pode ser feito de qualquer computador através de uma conta de usuário. É tudo muito prático e fácil, pois o que importa mesmo é o prazer pela leitura, na hora e lugar que você deseja.


Dicas de Inglês - English Made in Brazil
Site educacional com dicas para ajudar no aprendizado do Inglês. Discute tendências recentes na metodologia de ensino de línguas. Páginas de materiais inéditos baseados em linguística, comparada (falsos cognatos, expressões idiomáticas, dicas sobre interpretação de textos p/ vestibular, etc.) Orientação sobre programas de intercâmbio e Foro.


Futura o Canal do Conhecimento
Dicas de vestibular e muitas outras informações de interesse educativo.

Ótima pesquisa!


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Relatório Reflexivo do 27º Encontro do Projeto Sala de Educador



Tema:  Interdisciplinaridade e Planejamento

Clique aqui para acessar a pauta do encontro.
 
Realizada uma leitura compartilhada de histórias de vida escolar de dois professores, nos quais descrevem sua trajetória e formação acadêmica até tornarem-se professores.

Quanto a temática da Sala do Educador, a grande reflexão:
A prática interdisciplinar está acontecendo nos projetos de aprendizagem?
Coordenadora Sirlei organizando seu caderno
Nos quais ressaltados as dificuldades dos alunos, novas propostas e contribuições, planejamentos e as atividades realizadas.

Do texto 5, "Níveis e Tipos de Interdisciplinariedade" no qual destacamos os seguintes trechos:
"A natureza e a quantidade de informações rompem com as fronteiras das disciplinas, modificam os critérios epistemológicos que estão na base das disciplinas e propõem novos arranjos lógicos".
Premiados Relatores deste encontro: Rodrigo e Adriano
"...cada disciplina continua intocável, não sofre nenhuma interferência em sua estrutura interna. Esse procedimento reúne ciências e discipĺinas a serviço de finalidades artificiais, sem uma interação teórica e metodológica".

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Proposta de Reflexão! Interdisciplinaridade

Você acredita que está acontecendo a prática interdisciplinar no desenvolvimento dos Projetos de Aprendizagens? De que forma?
Clique em comentários e deixe sua opinião!
Equipe de formadores CEFAPRO

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Minha vida escolar

Bom, iniciei minha vida escolar em uma escola estadual no bairro Novo Diamantino, na pequena cidade de Diamantino, onde cresci e vivi a maior parte de minha vida até hoje. Meus pais, apesar de serem analfabetos, nunca deixaram faltar o interesse e incentivo pelos estudos em casa. A escola é uma escola simples e humilde que amo de coração, pois foi lá que estudei durante 10 anos, pois na época fazíamos o pré-1 e o pré-2, depois de terminar os prés tive uma cerimônia de formatura que as meninas ficavam todas vestidas iguais com aquelas saias cheias de preguinhas (eu amava usar aquelas saias) e de gravata borboleta e os meninos todos de social também, tenho as fotos guardadas até hoje de lembrança. Minha primeira professora jamais esquecerei, o nome dela é Benedita, uma pessoa muito querida por todos.

Da primeira até a quinta série passei direto todos os anos, mas na sexta fiquei de recuperação na matéria de história, queria morrer de raiva e tanto ódio daquela professora na época, pois para mim era o “fim da picada” ter que ficar de recuperação, meus pais diziam que não poderia jamais reprovar e eu sempre tive muito respeito (e medo) deles, então estudei muito e consegui passar. Durante muito tempo fiquei com um certo trauma daquela professora, e talvez por ironia do destino, depois de muito tempo a reencontrei na escola Picinati aqui em Sinop quando fui fazer meu primeiro estágio de observação, foi muito legal quando me apresentei, pois ela se lembrou de mim e se surpreendeu com a novidade de eu estar estudando para ser professora.

Quando passei da oitava série para o ensino médio, optei por fazer o curso profissionalizante de Técnico em Contabilidade, porém, havia alguns obstáculos a serem ultrapassados, pois a única escola que oferecia os cursos profissionalizantes ficava a mais de 10 km da minha casa e as aulas eram a noite, então dependeria de ônibus escolar e principalmente de convencer meu a deixar, pois para ela estava fora de cogitação eu ter que estudar tão longe. Mas, depois de convencer minha mãe e meus irmãos, consegui a ajuda deles para convencermos meu pai também. Meu irmão Ede, mais novo dos homens, se prontificou a me buscar todos os dias no ponto do ônibus quando chegasse da escola, porque chegaria muito tarde para ir pra casa sozinha com uma amiga que morava próximo. Como eramos praticamente uma turma inteira todos da mesma vizinhança, nos reunimos e fomos na prefeitura e conseguimos o ônibus, mas depender de ônibus escolar não é fácil, ainda mais aqueles que estavam sempre com algum defeito, enfim, havia semana que o ônibus nos levava na escola mas não ia buscar porque tinha acontecido alguma coisa. Aqueles dias foram muito difíceis, quando não conseguíamos carona tínhamos que voltar para casa a pé tarde da noite, em meio as serras escuras que separam o Novo Diamantino de Diamantino velho (como é conhecido), sem contar a preocupação das famílias, pois ninguém tinha telefone em casa para avisar e nem celular, que naquela época era algo que somente as pessoas que tinham mais condições de vida possuíam. Mas, no final tudo acabava bem, pois mesmo com tantas dificuldades nós nos divertimos e conseguimos o tão sonhado diploma de Técnico em Contabilidade no ano de 1997.

Após ter terminado o ensino médio eu queria muito entrar na faculdade, mas na cidade não tem faculdade pública até hoje, somente particular, e como meus pais não tinham condições de pagar uma faculdade particular eu tive que me contentar em ter terminado o ensino médio e fazer apenas cursos gratuitos que surgiam, então comecei a trabalhar também para ajudar em casa.

Quando foi no ano de 2004 eu fiquei desempregada e não conseguia emprego na cidade, foi aí então que percebi que deveria mudar de cidade e procurar novos horizontes para minha vida. Não conhecia a cidade de Sinop, mas falaram muito bem e principalmente pelo fato de ter universidade pública, o que no momento era meu objetivo, “voltar a estudar e ser uma enfermeira” (perceberam que aqui já tinha mudado o foco né?!rsrs).

Exatamente no dia 01 de maio de 2005 eu cheguei em Sinop e fui procurar emprego e me informar sobre a universidade, eu queria fazer curso de enfermagem, mas fui impossibilitada pelo fato das aulas serem em período integral e eu precisava trabalhar. Então optei por fazer letras para trabalhar como redatora, pois também sempre gostei da área de linguagens. Entrei para um cursinho pré-vestibular e consegui passar no primeiro vestibular que fiz. Iniciei o curso em 2007/01, quando já havia terminado o ensino médio praticamente há 10 anos. Até o 6 semestre do curso mantinha a ideia fixa de ser redatora, foi quando iniciaram os estágios e comecei a gostar da ideia de ser professora e aqui estou eu hoje, atuando como professora e apesar das dificuldades gostando muito do que faço. Sei que ainda tenho muito o que aprender, pois estou engatinhando na profissão e sei também que jamais seremos possuidores de todo o conhecimento, apenas buscamos cada vez aprender mais.

Devo tudo o que sou hoje aos meus familiares que sempre me apoiaram e sei também que sou motivo de orgulho para meus pais, pois entre 4 irmãos do total, sou a única que conseguiu concluir os estudos, uns por falta de oportunidade e outros por falta de interesse pararam no meio do caminho, mas sempre digo a eles que nunca é tarde para estudar, pois se eu pensasse dessa forma não teria voltado aos estudos 10 anos depois.

Maria Lucia


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Criando histórias com o Software HaguáQuê

HQ criada pela Coordenadora Sirlei
No encontro desta semana a Formadora Silvaine nos apresentou o Software Livre HaguáQuê, criado pela Unicamp e disponibilizado gratuitamente no site:  www.nied.unicamp.br/~hagaque
Aprendemos a criar histórias para utilizá-las em nossas aulas, desenvolvendo em nossos alunos as competências de leitura e escrita. 
Este é um bom exemplo de software que estimula a autoria de nossos alunos.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Reflexão sobre o cartaz confecçionado

Entre tantas frases ótimas do educador Paulo Freire, escolhi a que combina com o momento que estamos vivenciando que é a sALA DO EDUCADOR. A frase é esta: NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES, O MOMENTO FUNDAMENTAL É O DA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A SUA PRÁTICA.Esta citação me faz refletir que a cada encontro de estudo na sala do professor saio de lá com muitas ideias para aplicar no meu trabalho e faço isso de imediato ai, acabo percebendo que os alunos percebem a minha mudança chegando a comentar que minha aula melhorou e isso acontecer porque as teorias estudadas influênciaram na minha prática e minha prática me faz buscar novas teorias.

A escola sempre foi meu segundo espaço feliz!!- Escrito pela profa Luciane Ferreira


          Bom, contar uma história é sempre algo prazeroso e fascinante, porém falar sobre a minha trajetória, há tempos tornou-se uma tarefa complexa (fato este que eu não sei explicar o motivo). Prosseguindo, cresci em uma família simples, minha vida nunca foi regada a mordomias, porém em um lugar onde o conhecimento sempre foi muito valorizado, meu pai era um contador de talento(parecia ter nascido para os números), minha mãe uma dona de casa sonhadora que havia estudado apenas até a 7º série (fato este que não impediu que ela nos acompanhasse na escola). Quando cheguei aos seis anos fui para o prezinho, assim eu o chamava, embora todos dissessem que o correto era pré-escola, meus irmãos já estudavam, são mais velhos(inteligentíssimos), eles foram os meus modelos, sempre os admirei, para mim são os melhrores. Bom na pré-escola frequentei apenas o último ano, minha mãe ensinara em casa o que julgava que eu já devesse saber para cursar apenas o último ano, tenho recordações fasciantes, a história do S mais lindo da turma e a música da Maria Betania que cantamos na formatura então, guardo para o resto da vida.rrsss.
          Meus anos primários na escola, eu considero um pouco estranhos , a 1ºsérie foi uma fase de adaptação, me lembro de ter chorado várias vezes, não queria ficar longe da minha mãe, contava as horas observando o desaparecer do sol, pois sabia que ao cair da tarde era hora de ir embora e a veria novamente, com o passar do tempo fui me acostumando e percebendo que a escola poderia ser meu segundo espaço feliz, na 2º série, meu professor faltava muito e sempre eramos dividos em outras turmas (odiava isto!) os outros dois anos (3º e 4ºséries) foram decepcionantes na área das exatas, o que não aprendi na 2º série me fez muita falta (acho que faz falta até hoje rrss).
           Ao chegar na 5º série tudo mudou, a sensação de ter um grande caderno e um professor para cada disciplina foi fasciante minha geração escolar era aquela que considerava usar uniforme uma questão de honra e ao contrário do que vejo hoje, quem não tinha um uniforme/farda, como queiram chamar, é que era olhado com estranheza. Timidez, sempre foi meu forte até a 8ºsérie, eu fazia o máximo para aprender, tudo que podia, não perguntava para nenhum professor assunto nenhum, morria de vergonha e de alguns eu tinha medo, mas questionava aos meus colegas sobre coisas que não compreendia direito, contudo isto não fez com que a escola se tornasse algo ruim, a mudança de São Paulo para Mato Grosso, aperta até hoje meu coração, nasci na cidade da garoa e amooo aquele lugar, assim como aprendi a respeitar e amar a terra desbravada por Rondon como minha também, eu gostava tanto de ir a escola que chegava muito cedo (talvez uma pequena síndrome de porteira ou algo parecido) como era incomparável estudar e aprender, isto me fazia sentir muito importante e um tanto especialista em tudo(rrsss).
           No ensino médio descobri que eu sabia falar (rrsss), comecei a perder a vergonha (não me entendam errado, rrrss), as aulas de sociologia e filosofia foram molas propulssoras para tudo isto, os três anos que cursei o ensino médio foram níveis de descoberta de mim mesmo, foi neste que descobri que a minha maior deficiência era na área das exatas e percebi que não herdei de meu pai a afinidade com os números. Eu amava as áreas de Ciências Humanas e Linguagens, admirava e admiro profundamente quem estuda a matemática e a faz por opção. Ao terminar o terceiro ano fiquei seis meses pensando o que eu estudaria, que profissão seguiria, quando criança transitei entre diversas vontades brincava de ser professora, sonhava em ser aeromoça e me imaginava estudando as plantas, queria ser botânica. Escolhi Letras e prestei o vestibular junto com a minha irmã, que é apenas um ano e oito meses mais velha do que eu, passamos! Foram quatro anos juntas, uma experiência lindíssima.
           Na universidade, eu sempre disse que não lecionaria, dizia que seria uma pesquisadora apenas, não me imaginava em frente a tantos olhos com sede de saber, aprendi muito, a universidade assim como a escola é indispensável, todos deveriam cursar para tornar sua existência mais encantadora e desafiante, onde constatamos que aprender é possível, basta querer, ao chegar no estágio me deparei com meu destino, foi uma experiência que não sei explicar, tipo amor a primeira vista, sabe daqueles que não é possível esquecer (nossa quanto romantismo)!!! Então de fato eu havia nascido para compartilhar o que eu já sabia e estava descobrindo, o que considero mais honroso em minha profissão, além de sempre estar estudando, algo que amo fazer.
           Tenho lecionado há cinco anos, este ano considero o meu melhor momento, acredito que tenho maturidade e conhecimento para contribuir de maneira a alcançar as expectativas das minhas criancinhas ( alguns são grandes, mas os chamo assim), é claro sem falar na minha sala de regência que adotei como filiação e comumente sou chamada de mãe. Tenho aprendido a sonhar junto com eles e não ter medo de dizer vamos construir juntos, sou sincera ao extremo e insensível, mas consigo moderar isto para não magoa-los, pelo menos penso que consigo. Então, o que faço atualmente, penso ser apenas tornar a escola para os meus alunos um segundo espaço feliz! Amo ensinar!!!!.

P.S. ( Desculpem, os erros de escrita)

                                              Luciane Ferreira



Ensinar, aprender:leitura do mundo,leitura da palavra.

Paulo Freire nos cobra sempre:" devemos ser humildes,abertos, disponiveis a repensar o pensado", a rever nossa posição.Podemos ensinar e aprender a medida que conseguimos nos deixar levar pela curiosidade dos alunos;devemos nos preparar para nossas aulas e estar mais preparados ainda para interagir com nossos alunos.Para ele leitura e escrita devem ser parceiras:devemos ter a leitura do mundo e a mesma deve ser complementada por outras leituras."Ler não é puro entretenimento, nem exercício de memorização", é um exercício que demanda paciencia,perseverança,busca em outros textos; o escritor não tem a tarefa de dar o texto explicado, mastigado...cabe ao leitor buscar ajuda em outros lugares para entender o que está lendo, assim como cabe ao professor incentivar o aluno a descobrir o mundo da leitura e da aprendizagem.

Meu historico escolar.

Comecei meus estudos em uma escola do interior em uma localidade chamada Suruvi,creio que era da rede estadual,mas com parceria do municipio (Concordia,SC).Eram salas multiseriadas, recordo-me dos professores, somente dois na verdade,das atividades realizadas no patio da escola, das brincadeiras,da merenda(eram os alunos que ajudavam a fazer e depois lavava-mos as canecas e pratos no rio que ficava nos fundos da escola),da dificuldade que tive em aprender a ler,o que foi superado apenas no final da segunda serie,depois que meu professor pediu que eu lesse gibi e assim passei a ser uma das melhores alunas da sala.Apos a quarta serie,estudei em uma na Escola Estadual Olavo Cecco Rigon,distante 8 km de minha casa.Pegavamos o onibus todos os dias as 12 e 30 e voltavamos as 18 horas.Pareciamos sardinhas enlatadas,pois era somente um onibus para atender a todos os alunos e a comunidade(varias comunidade,ja que o trajeto total era de mais de 60 km,estrada de terra e muito morro).Tive bons professores,alguns nem tanto...Foi nessa escola que decidi fazer o magisterio,quer dizer...so tinha o magisterio no periodo vespertino e o onibus para ir a escola tambem.Lembro-me de minha professora de didatica,que foi maravilhosa,conquistou-me definitivamente para a pratica docente.Fiz faculdade de Letras,pois estava atuando como professora e gostava do que fazia.Fiz tambem especializacao em Lingua portuguesa e literatura. Continuo apaixonada pelo meu trabalho e mesmo com as dificuldades do dia-a-dia,sei que se desistir (como tenho vontade diante de alguns percalsos do cotidiano)minha vida sera vazia.
Janaina.

Tecendo Rendas



Não sei...só sei que foi assim...
Uma das minhas brincadeiras prediletas era brincar de escolinha com meu irmão, ele era sempre o professor, adivinha do que? Matemática....
Nice ( assim me chamava carinhosamente), qual é o valor do quadradinho?
Eu morria quando ele passava isso no meu caderno.
......+ 5 = 10 esse eu sabia e olha que interessante quando mudava para 5 - .... = 3, essa expressão eu nunca dava conta (bom eu tinha apenas 6 anos).
Talvez essa brincadeira acabou me direcionando para o que eu sou hoje, uma professora de Matemática. Bom, não foi tão fácil assim. Primeiro Ele teve que brincar muito comigo e me ajudar a cuidar das bonecas, costurar roupinhas, fazer os tapetes de amarradinho, e eu ajudá-lo a construir seus carrinhos todo medido e calculado para que as rodas não ficassem encostando umas nas outras, era divertido...
Ele sem saber foi meu primeiro professor, que nas brincadeiras me ajudou a construir uma profissão, e sempre tive-o como um modelo de inteligencia e honestidade, posso passar horas ouvindo-o, mas a paciência não é sua melhor companhia e esse olhar de certa forma me direciona para minhas práticas de sala de aula. Dos professores da faculdade o único que me toca foi aquele que contou histórias de Malba Tahan, me emprestou seus livros e que carinhosamente me conquistou pelo amor que Ele tinha em sua profissão.
Hoje não consigo me ver fora dela, só esqueço quando estou envolvida em meus momento de artista,KKKKK..... digo cortando trapos e geometricamente reconstruindo-os porém o pensamento esta tecendo rendas para construir a aula de amanhã.
Cleonice Carniel

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Reflexões - Carta de Paulo Freire

PF- "... que a curiosidade às vezes quase virgem nos alunos, estão grávidas de sugestões, de perguntas que não foram percebidas antes pelo ensinante..."
C- O que fazer para dispertar? Como fazer para ler estas curiosidades nos alunos? Quais são suas curiosidades?
PF-"... que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. Não o autoriza a ensinar o que não sabe..."
C- Estudar, mover-se, pesquisar, organizar, planejar, esta é a prática rotineira do professor.
PF- "... em que há sempre algo diferente a fazer na nossa cotidianidade educativa..."
C- Por mais que pareça que sabemos, sempre a algo novo a ser explorado. O professor que acha que sabe tudo ou que não sabe nada, passa pela ignorância do saber. O mundo, a sociedade, o meio, todos os dias sofrem mudanças, percorrem rotinas diferentes, os cientistas fazem caminhos inversos, descobrem vidas, formas, olhares ainda não explorados. E o professor deveria ser o agente propagador dessas novas revoluções.
Mas... onde está o Professor?
Há dias em que os vejo, me vejo num quartinho escuro lá no fundo da escola como um móvel velho, sucateado, que alguem guardou para um dia fazer uma restauração e reaproveitá-lo. Há outros dias que os vejo, me vejo avançando, buscando títulos, lendo, escrevendo, restaurado. Mas parece que esta prática não é práxis real, é algo que fica no ar sem encontrar pouso certo.
Também fico a pensar porque meu aluno não aprende, porque a escola não faz parte da maioria da vida dos alunos, porque ela possui forma retandgular? Com muitas arestas a ser podadas? OU melhor, transformada!
Não sou quimico para manipular todos esses agentes (educação para o trânsito, meio ambiente, sexualidade, diversidade, cultura, indisciplina, medo, humor, transitoriedade...), afinal o que é o Profesor? Ser que aprende todos os dias? Ser que se emociona, que também tem dificuldades em aprender, a ensinar, que também se sente abandonado ao descaso. Será que tudo isso importa? Afinal somos alunos também, alunos jogados de lado, onde nossa voz pouco se houve. Os governantes não nos escutam, a sociedade não nos escutam, nossos alunos não nos escutam.... Oi estou aqui....
E nesta dicotomia o professor, sujeito capaz, inteligente se critica e faz criticas para aprender, para criar, para refletir suas açoões e seu aprendizado. E isso segundo Paulo Freire passa pela leitura, leitura de mundo, de texto, de imagem, leitura do conhecimento. Talvez o que nos falte seja a verdadeira compreensão de tudo isso, da comunicação, da ação certa, do que é realmente experiência, da operação inteligente e sensorial capaz de construir conhecimento.
Olhar e sentir estas cartas é nos remeter ao sujeito que aprende e ver que tudo isso é possível.
E Paulo Freire nos diz que: "Estudar é desocultar, é ganhar a compreensão mais exata do objeto, é perceber suas relações com outros objetos. Implica que o estudioso, sujeito do estudo, se arrisque, se aventure, sem o que não cria nem recia."
Bom trabalho a todos.
Cleo

História "breve" de Luana

A história de minha vida no que diz respeito aos estudos, começou aos meus 5 anos na Escola Municipal Semíramis de Barros Braga da cidade de Medianeira – PR Comecei os estudos no que era chamado na época de Pré-escolar e fazíamos atividades de pintura e brincadeiras para melhorar a coordenação. Quando entrei para a pré-escola, já sabia escrever meu nome, aprendi em casa com a minha mãe, Etajana, ensinar a escrever o nome minha mãe fez com seus três filhos, nós três entramos na escola já sabendo escrever nossos nomes. Minha avó antes de casar era professora então, ensinar acabou passando da minha avó para minha mãe e hoje está comigo.

Durante minha vida escolar, meus pais eram muito presentes, olhavam os cadernos para ver o que estávamos aprendendo e quando era preciso, iam até a escola. Mas como sempre gostei muito da escola, meus pais nunca foram chamados na escola por causa de problemas que eu pudesse causar mas eles participavam nas atividades da escola, lembro que meu pai por dois anos, foi presidente da Associação de Pais da escola, acho que isso hoje seria similar ao CDCE.

Anos após começar a pré-escola, minha mãe entrou na secretaria da escola, ela era a secretária da escola aí minha família e a minha escola ficaram ainda mais próximas. Quando fui para a 5ª série, mudei de escola então, minha mãe já não estava tão ligada a esta nova escola então, fiquei um pouco mais sozinha mas ainda assim, meus pais participavam da minha vida escolar.

Quando fui para o Ensino Médio, fiz uma prova de seleção para o CEFET mas não passei então, meu pai me matriculou em uma escola particular e estudei o 1º ano do E.M. nesta escola particular. Neste ano, tive que me dedicar muito pois o ensino nesta escola era mais exigente e meus pais já não acompanhavam muito meus estudos pois sabiam que eu não haveria de der-lhes problemas, eles viam o meu empenho nos estudos e não me cobravam muito pois eu mesmo já fazia isto comigo.

Nas férias deste ano, eu fui visitar minha madrinha em Sapiranga -RS e lá fiquei durante seis meses então o 2º ano do E.M. estudei nesta cidade mas na metade do outro ano eu voltei para Medianeira onde estudei à noite em uma escola pública pois estava trabalhando com meu pai durante o dia. Como meu pai tinha uma construtora, sempre ajudei-o em seu ofício então, decidi que faria engenharia civil em muito por influência do meu pai mas também porque eu sabia que com esta faculdade eu poderia das aulas (algo que eu, não sei como nem de onde, sempre quis) pois na minha cidade, haviam poucos professores da área das exatas tanto que meu pai, por ter ensino técnico, há muito tempo atrás, foi convidado para dar aulas de física em uma escola noturna de medianeira para o ensino médio. Meu pai aceitou o desafio e por alguns anos lecionou mas quando ele abriu a construtora acabou deixando de lecionar pois estava muito puxado.

Quando terminei o E.M. fiz meu primeiro vestibular para Engenharia Civil em Foz do Iguaçu, passei e entrei na faculdade e fiz o primeiro semestre e como meu pai acabou vindo para Sinop, tranquei o curso e mudei-me para Sinop para ajudar meu pai então, logo que aqui cheguei, fiz vestibular para matemática e passei e comecei a graduação. Durante minha graduação, adorava conversar sobre educação, debates, e adorava estar na frente da sala, apresentando trabalhos, sabia que isto eu queria.

Adoro entrar em sala, adora ensinar o que sei para meus alunos, como sempre me empenhei ao máximo com os estudos, aprender e ensinar sempre estiveram juntos em mim. Acredito que desde cedo fui de certa forma, educadora. Escola está relacionada com saber e saber é o que me move. Espero sempre aprender algo e ensinar algo, e tudo isso que faço minha grande inspiração é minha mestra, Etajana, minha mãe.

NINGUÉM IGNORA TUDO. NINGUÉM SABE TUDO. TODOS NÓS SABEMOS ALGUMA COISA. TODOS NÓS IGNORAMOS ALGUMA COISA. POR ISSO APRENDEMOS JUNTOS.



A importância da frase de Freire acima citada é muito importante no momento em que paramos para refletir sobre a delicada missão que é ato de educar É quando devemos entender com clareza alguns conceitos teóricos, que dizem que é importante considerar o conhecimento que o aluno traz para a escola da sua vivência no círculo familiar.

Dessa forma o ato de educar vai sempre estabelecer uma relação em que os saberes do professor e do aluno vão interagir na construção do conhecimento

FRASES DE PAULO FREIRE

ENSINAR EXIGE PESQUISA
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.
Paulo Freire.

ENSINAR EXIGE RISCO, ACEITAÇÃO DO NOVO E REJEIÇÃO A QUALQUER FORMA DE DISCRIMINAÇÃO. Paulo Freire

Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática.

Frases de Paulo Freire

A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda.

Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.

As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde.

Paulo Freire

ELISABETE COLLI ZOCANTE

Frases de Paulo Freire

3-História de Vida

Ser uma ‘profissional’  em termos de ter uma profissão  era um sonho. Mas o despertar  para a educação caracterizo por conviver com pessoas que exerciam a profissão (minha mãe-professora). A luta para chegar onde estou é semelhante à de vários profissionais. Fui  contratada, passei meses sem receber salário, trabalhei como substituta em sala de aula  e como TAE para garantir o tão importante “salário de janeiro”. Mas....igual a muitos, passei no concurso. O que não sei é que muitos  pensam como penso. Agradeço minha época de contratada, no qual adquiri  experiências. As mesmas só ajudaram-me no desenvolvimento dos trabalhos como concursada. Por isso digo a todos que foram e  serão empossados ,  não menospreze o seu tempo de  contratado(a), melhor de (interino(a)), pois foi o seu passado de experiências que abrilhanta o presente e abrilhantará  o seu futuro.Isto se você souber valorizá-la. ....Se achar que não podes ser o mesmo(a), mude, mas mude para melhor, pois só assim estará ajudando a sociedade e a você mesmo(a), pois como disse Paulo Freire  "Mudar é difícil mas é possível!"
Rosalia V Costa

2 Experiências com Paulo Freire

 Minha experiência com Paulo Freire foi na graduação, onde um colega apresentou a frase “ A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão  pouco a sociedade muda”. A   mesma foi escolhida para inicio de estudos  da disciplina de sociologia, no qual discutimos assuntos relacionados a  temas sociais, políticas educacionais etc...
Rosalia V Costa

1- Carta de Paulo Freire aos Professores

O processo "educação" muda a sociedade contemporânea, onde são aceleradas as transformações do mundo do trabalho. Isto acarretado pelo avanço das revoluções cientificas e tecnológicas. Relacionada ao texto, a frase " É que não existe ensinar sem aprender, considero o foco da carta, onde Freire convida o docente a fazer uma reflexão de sua metodologia de ensinar, pois ao entrar na sala de aula o aluno ''sinaliza'' a capacidade e habilidades com mundo tecnológicos superior na maioria das vezes à compreensão do educador. A realidade da sociedade contemporânea,  leva alguns educandos a desenvolver suas habilidades para algo errado, mas dentre outros, a pratica no trabalho como marceneiros, pedreiros, eletricista etc.. vão além da teoria aplicada pelo educador, fazendo com que ao ensinar, lembre que deverá estar pronto para aprender. 
Rosalia V Costa

Um resumo beeeem resumido do Prof. Jacir

Meu histórico de vida escolar, me identifica muito com os meus alunos sempre fiz as coisas no momento em que eu achei que fosse o tempo. Por isso estudar também não fugiu a essa regra, não conclui nem o fundamental nem o médio dentro do que se poderia dizer, a idade correspondente. Minha trajetória escolar foi marcada por uma suspensão que foi definitivamente injusta na minha concepção. Junte a isso a existência de uma professora de matemática muito autoritária, e teremos uma síntese do que foi minha escolaridade fundamental. Como eu não suporto exatas (consequências de atuação da tia de matemática) mas queria fazer faculdade, eu aproveitei que sempre gostei de história, decidi então que seria isso que eu faria. Foi assim que eu virei educador pois quando alguem se forma em história ser professor torna-se apenas uma consequência. Hoje eu gosto de lecionar. Colei grau na UFMT em 2008 desde então tenho atuado na área de educação. Nesse pequeno texto da para perceber que minha atuação em sala de aula não esta pautada na imposição da minha autoridade de professor que manda e todo mundo obedece, (nunca me identifiquei com isso), meus alunos sabem que uma boa relação sempre parte do respeito mutuo. E eu sinceramente gosto que seja assim. Gosto do que faço porque eu faço assim, se tiver que fazer diferente não vai servir para mim pois eu não me identifico com nenhuma forma de autoritarismo.