quarta-feira, 31 de agosto de 2011

PAULO FREIRE- VIDA ESCOLAR

Segundo Paulo Freire, primeiramente, deve-se valorizar o conhecimento prévio do educando, ou seja, a leitura de mundo que para ele é algo significativo, de sua vivência, a partir desta apresentar outros tipos de texto, porém, esses devem ser dentro do contexto do educando ou aproximá-los o máximo possível da realidade.
O primeiro contato que tive com textos de Paulo Freire foi na minha graduação quando estudamos educação de jovens e adultos.
Bom, em relação a minha vida escolar. Ah!!! Há muitas histórias vividas, histórias boas e outras nem tão boas assim: Ensino Fundamental séries iniciais frequentei na comunidade onde morava chamada Sanga Bonita, oh saudades, foram maravilhosos. A escola não tinha muitos recursos, porém as professoras eram ótimas, criativas, lembro-me de histórias contadas por elas, histórias fantásticas e quando a professora começava contar a história e deixava a metade para contar outro dia, quanto sofrimento, ficar pensando no que iria acontecer no final, não via a hora de chegar outro dia para ouvir o restante da história. Quantas brincadeiras, atividades, piqueniques, oh infância maravilhosa. Nessa época, meus irmãos mais velhos estudavam numa escola estadual, nesta tinha biblioteca, traziam livros para ler, adivinham que lia os livros, é claro que era eu, lembro-me que li muitos livros da série vagalume, livros de Monteiro Lobato, nossa quantas histórias, quantas brigas da minha mãe, irmãs por deixar de fazer as atividades domésticas e me perder no mundo fantástico das histórias. Concluindo as séries iniciais fui para a escola estadual, a qual ficava a sete km da minha casa, tínhamos que ir a pé, quantas chuvas, tempestades, granizo, cheias, geadas... ah quantas aventuras, perigos agora estou relembrando, assim se passaram os quatro anos da finalização do ensino fundamental, também foram ótimos, aprendizagens, diversão e aventura. Meus pais foram sempre participativos na vida escolar dos filhos, cobrando sempre o desenvolvimento das atividades, respeito e responsabilidade e eu agradeço muito toda vez que falo com eles e incentivando a leitura, tendo sempre a assinatura de revistas, jornais e livros. Como meus pais não tinham condições, eles decidiram que ajudariam todos os filhos na conclusão do ensino fundamental, quem quisesse continuar teria que prosseguir se mantendo sozinho, ou seja, trabalhando e estudando. Então fui para a cidade trabalhar de doméstica durante o dia e estudando a noite, fiz primeiro Educação Geral, depois Magistério e nunca mais parei: Habilitação de Pré escola, sempre fiz e até hoje faço cursos de aperfeiçoamento, concluí a graduação em 2001 com Habilitação em Letras:Port/Esp e Respectivas Literaturas, no ano seguinte a especialização, agora estou fazendo outra especialização sobre Relações raciais e Educação brasileira.
Resumindo, iniciei no magistério em 1994, durante estes anos como educadora, trabalhei com salas multisseriadas, creches, jovens e adultos, ensino fundamental, médio, desenvolvi projetos de dança e teatro, nesta caminhada aprendi muito ou com os educandos ou com colegas de profissão que passaram pela minha vida e deixaram muita saudade, quanta troca de experiência, quantos desabafos, aprendizagens, angustias, decepções, objetivos alcançados ou não, desafios, vitórias, incertezas, erros, acertos e graças a tudo isso, tento ser uma pessoa e uma profissional melhor, se consigo não sei, pelo menos tento.
A frase escolhida por mim é esta: "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo".Paulo Freire. Esta frase resume o que Paulo Freire diz no texto: "Carta de Paulo Freire aos professores" em relação ao processo ensino aprendizagem, bem como, a valorização da leitura de mundo.

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